Eu sou assim com cães e com homens, não me "serve" qualquer um, têm que entrar no meu coração sem pedir licença e quando dou por eles já estão "instalados".
Hoje, já falei sobre vida e sobre morte. Agora chegou a vez de falar de Amor, de vida e de morte.
O Zen entrou direto no meu coração quando o vi numa fotografia no facebook. Apaixonei-me de imediato e passou a ser o "meu cão". Ainda que eu já tivesse prometido a mim mesma não ter mais cães, pelo menos enquanto viver num apartamento.
Então, o Zen foi do Canil de Santiago, para o Hospital Veterinário do Litoral Alentejano, onde ia ser observado e ficaria instalado até eu poder ir buscá-lo no dia 5 de Outubro, que é feriado.
Acontece que o Zen adoeceu, logo no dia seguinte, com diarreia. A minha sobrinha Filipa, que é uma das veterinárias do hospital, tratou-o com toda a sua sabedoria e carinho, mas ele foi piorando de dia para dia.
A parvovirose é uma doença bastante agressiva, principalmente quando ataca cães pequenos, e o Zen não foi capaz de lhe resistir.
Não tive sequer a oportunidade de lhe fazer festas ou pegar ao colo. Talvez se o tivesse podido fazer ele ganhasse força e energia suficiente para resistir à doença.
Afinal, o Amor é um dos melhores medicamentos que eu conheço. Mas, não foi possível lá ir.
Aqui fica o meu adeus.
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