Caça Sonhos, Espanta-Espíritos, Chamadores de Anjos e Pêndulos



Caça sonhos - Filtro dos sonhos, apanhadores de sonhos, caçadores de sonhos ou cata sonhos ou ainda espanta pesadelos é um amuleto da cultura indígena ojibwa (ou chippewa), cuja construção consiste num aro de vara de salgueiro-chorão, revestido com tiras de couro, no qual são ligados vários fios formando uma espécie de teia de aranha, por vezes com contas enfiadas. Neste são geralmente penduradas penas e/ou outros pequenos objetos com algum significado pessoal especial.

Os Ojíbuas acreditam que, quando a noite cai, o ar se enche de sonhos, bons e ruins. Alguns destes sonhos, mesmo sendo pesadelos, podem conter uma mensagem importante do Grande Espírito para nós. É justamente para separar estes sonhos e energias ruins que existem os filtros dos sonhos.

Conta a lenda que antigamente havia duas tribos em guerra. A raiva e o rancor que geraram energias desarmónicas, as quais faziam com que as crianças tivessem pesadelos. Então a deusa "grande mãe búfala" desceu à terra e pediu ao xamã da aldeia que fizesse um aro com um galho de salgueiro Os bons sonhos sabiam para onde ir, passando pelo furo central e aos primeiros raios de sol, as energias ruins se dissipavam.


Espanta-Espíritos - também conhecidos como sinos de vento, servem, tal como o seu nome indica, para afastar os chamados "Espíritos errantes" e energizar um ambiente. Crê-se também que, pela vibração do som que produzem, atraem as energias positivas, as energias protetoras,  a harmonia e a alegria. 
Vibram e elevam a Energia do ambiente, emitem um som relaxante e agradável, harmonizam o lugar com frequência e vibração elevada.
Objeto normalmente constituído por tubos de metal ou bambu suspensos por fios que produz som através da ação do vento.
As melodias naturais produzidas trazem-nos a calma, o bem-estar e a harmonia.
Os Espanta-Espíritos, em tempos ancestrais, eram imensamente utilizados para avisar os seus detentores de presenças — espíritos, más energias, etc. —, com suaves tilintares. Existem relatos que dizem que tilintavam mesmo sem vento ou correntes de ar e, que aquela vibração natural era suficiente para fazer com que essas energias (espíritos) não permanecessem naquele local.



Chamadores de Anjos - Estas peças encantadoras apareceram recentemente no mercado e têm vindo a ganhar muitos adeptos. No entanto, apesar de surgirem agora como novidade, os chamadores de anjos têm uma longa e interessante tradição. São esferas de metal, frequentemente trabalhadas ou com inclusões de pedras preciosas e que emitem um suave tilintar... Diz-se que este som chama os anjos, as fadas, os espíritos protetores, em suma, os seres da luz e da alegria.
A origem dos chamadores de anjos perde-se na noite dos tempos. Algumas das referências mais antigas encontram-se na Índia, onde eram (e continuam a ser) usados pelas grávidas, presos em volta do ventre com uma fita. Esta prática tem como finalidade a protecção do bebé e da saúde da mãe durante a gravidez. Também eram usados na Europa, possivelmente desde tempos muito recuados, anteriores à chegada das chamadas Religiões do Livro. Originalmente, não tinham a ver com os anjos mas sim com os espíritos da natureza, com as fadas e, mais provavelmente com a ideia da "fada madrinha" que protege e concede os dons a cada criança.
Sempre se acreditou que todos nascemos com uma "estrela" que nos guia... Com o passar do tempo as rocas foram então relacionadas com os anjos e, assim, também aceites pelo imaginário de cristãos, judeus e muçulmanos. Há referências datadas da Idade Média que atestam o seu uso com os mesmos objetivos de sempre - a invocação de entidades benignas para garantia de uma gravidez feliz, para proteção das crianças e para abençoar as suas vidas. Volvidos muitos séculos, não deixa de saltar à vista a semelhança entre anjos da guarda e fadas madrinhas...
Hoje em dia, existem chamadores de anjos numa bela profusão de formas e cores. Alguns são jóias belíssimas, com núcleos coloridos ou aplicações de filigrana. Muitos incluem pedras preciosas e, nestes casos, beneficiam ainda das qualidades energéticas de cada pedra. Naturalmente, os cristais também possuem as suas atribuições aos reinos angelicais, aos signos e aos dias de nascimento, pelo que são sempre muito enriquecedores.
A afinidade que estas pequenas rocas têm com as crianças é notória. Elas possuem um som muito próprio, nenhuma é exactamente igual a outra... O suave balançar do corpo da mulher torna-as audíveis para a criança a partir da 20ª semana de gestação. Os chamadores de anjos continuam a ter uso depois do parto. Muitas mães penduram-nos ao peito durante a fase de amamentação, depois continuam a usá-los no berço ou no carrinho de bebé, de modo a tranquilizar e proteger os seus filhos. Mais tarde e até por volta dos 7 - 8 anos, as crianças podem ter pesadelos, medo do escuro ou de dormir sozinhas. Também nestes casos há benefícios no uso dos chamadores de anjos, pois o som familiar dissipa os receios e ajuda as crianças a dormir descansadas.
Os chamadores de anjos são cada vez mais usados, não apenas por mulheres grávidas mas também por muitas outras pessoas que desejam trazer a magia das fadas e dos anjos para as suas vidas. Tal como os sinos-de-vento, estas pequenas rocas iluminam e energizam os ambientes, transformando as negatividades em harmonia. Basta sacudi-las levemente para sentir a presença reconfortante dos Seres de Luz...

Pêndulos - Ao método de utilização do pêndulo chama-se radiestesia (sensibilidade à radiação). Trata-se de um método muito conhecido pelo mundo fora há milhares de anos, fazendo parte do universo mágico dos esotéricos, como ferramenta que, não só lhes tornava possível entrar em contacto com o "além", como também lhes servia para alcançar conhecimentos fora do alcance do comum dos mortais.
O pêndulo, na verdade, responde às leis da radiestesia que vem do latim/grego, sendo raio e sensibilidade, então o pêndulo vai responder com a energia do nosso pensamento, e não só a nossa, ele sintoniza todas as energias presentes também, sejam elas passadas, presentes ou futuras. É desta forma que funciona a adivinhação pelo pêndulo.
Com o desenvolvimento das técnicas de utilização do pêndulo, o campo de trabalho destes especialistas aumentou de tal maneira que se podiam encontrar pequenos objectos perdidos (verdadeiras “agulhas em palheiros”) ou, ainda melhor, seguir, através de um mapa o rasto de pessoas desaparecidas (a chamada teleradiestesia), com as quais não havia qualquer contacto, a não ser através de dados, fotografias ou “elementos orientadores” (tecnicamente chamados “testemunhos”, tal como mechas de cabelo, gotas de sangue, traços originais de escrita, roupa muito usada).

Algumas utilizações para o Pêndulo:
Procura de lençóis de água • Procura de veios mineralúrgicos • Localização de objectos de valor, recentemente ou há muito perdidos • Procura de objectos de uso comum talvez perdidos  por instantes • Detecção de doenças orgânicas • Detecção de disfunções psicológicas • Detecção de radiações nocivas no subsolo • Perguntas sobre acontecimentos futuros • Perguntas sobre situações passadas • Perguntas sobre acontecimentos no tempo presente que não conhecemos directamente • Escolha de medicamentos • Estado do campo bioenergético do indivíduo • Análises da aura • Avaliação do estado das chacras ou centros energéticos • Rastreio à distância de pessoas ou animais perdidos • Análises de objetos para conhecer as suas cargas energéticas ou espirituais nocivas • Detecção de “pacotes de memória” (vulgarmente “fantasmas”) • Como “detector de mentiras” • Detecção de possíveis componentes tóxicos nos alimentos, etc. • Detecção de falhas em cabos subterrâneos, canalizações, etc. • Detecção de pontos de interesse sobre mapas ou cartas geográficas.



Misticismo (do grego μυστικός, transliterado mystikos, "um iniciado numa religião de mistérios") é a busca da comunhão com uma derradeira realidade, divindade, verdade espiritual ou Deus através da experiência direta ou intuitiva.
No livro de Jakob Böhme "O Príncipe dos Filósofos Divinos" o misticismo é definido como um tipo de religião que enfatiza a atenção imediata da relação direta e íntima com Deus, ou com a espiritualidade, com a consciência da Divina Presença. É a religião em seu mais apurado e intenso estágio de vida. O iniciado que alcançou o "segredo" é chamado um "místico". Os antigos cristãos empregavam a palavra "contemplação" para designar a experiência mística.
"O místico é aquele que aspira a uma união pessoal ou a unidade com o Absoluto, que ele pode chamar de Deus, Cósmico, Mente Universal, Ser Supremo etc." Lewis, Ralph M

Se me perguntarem qual é a minha religião, naturalmente, identifico-me como Cristã / Católica, pois essa foi a religião em que fui educada. Mas, também poderei dizer que sou Panenteísta ou Deísta ou mesmo Taoista.
A minha relação com o Divino sempre foi mais complexa do que a identificação com uma religião comumente aceite, com os seus dogmas e rituais, os quais, muitas vezes, contesto e com os quais, a maior parte das vezes, pouco ou nada me identifico.
O mundo espiritual, divino, é, para mim, algo que transcende, em muito, os dogmas, regras, limitações e restrições que os homens criaram à volta das regiões.
Deus, a Divindade, a Deusa, o Criador, o Ser Superior ou Supremo, a Energia Universal e tantos outros são apenas nomes que os homens deram a algo que ainda não compreendem ou sabem definir completamente.
Nunca pus em causa a existência de um Mundo, quase invisível para nós, relativamente ao qual temos, apenas, vislumbres, sensações ou compulsões e normalmente utilizo a palavra Deus, por ser simples e curta, para identificar esse mesmo Mundo.
Na verdade, talvez a palavra que melhor me defina, no que se refere a religião e espiritualidade, seja Mística. 
Para muitos, ser-se religioso ou místico é um pouco como ser-se louco. É como se nos colocássemos, de forma insana, nas mãos de "algo" que não conhecemos, nem nunca vimos e, portanto, não existe, pois, de facto, para estes, tudo isso é apenas produto da nossa imaginação, da nossa fuga à responsabilidade, da nossa visão quimérica da vida, de uma ilusão e não passa de uma forma de tentar dar sentido à vida, e, principalmente, de uma maneira de justificarmos e "imaginarmos" alguém com "poderes superiores" quando precisamos de ajuda ou para sermos capazes de aceitar as situações difíceis ou dolorosas por que passamos na vida.
Raramente entro em discussões, sobre este tema, com ateus ou agnósticos. Não porque não compreenda os seus pontos de vista ou as suas perspetivas ou dúvidas, mas, antes, porque não é possível, ainda, demonstrar cientificamente a existência de uma Entidade imensa e fascinante, à qual só nos é possível chegar pela fé, pela espiritualidade, pela contemplação ou pela meditação e abstração. Uma Entidade que está para além de nós, mas de que nós somos parte integrante.
Muitos dos críticos da religião dizem que nós nos refugiamos na religião para não termos que lutar ou enfrentar o sofrimento, as injustiças ou a maldade humana. Como se, pelo facto de termos fé, o grau de sofrimento que podemos sentir fosse menor ou nos tornássemos incapazes de lutar pelos valores ou princípios que defendemos,  ou contra as muitas injustiças que existem no mundo. Esta visão do que é ser-se religioso ou místico é, no mínimo, patética. O facto de acreditarmos que a vida não acaba com a morte, não nos inibe de nos revoltar, lutar, sofrer.
Talvez a grande diferença entre religiosos /místicos e ateus / agnósticos seja a de que se a nossa fé / espiritualidade for genuína estaremos sempre em busca da paz interior, do perdão e de nos transcendermos a nós próprios, o que, obviamente, não nos torna a "tarefa" da vida mais fácil e leve do que aos ateus ou agnósticos. Bem, pelo contrário....
Em minha casa existem os mais variados objetos relacionados com o misticismo, associados às mais diversas correntes. Eu própria utilizo alguns deles como bijuterias, no meu dia-a-dia. 
Creio que estes objetos nos ajudam como que a "materializar" o espírito. Pela sua própria energia, ou pela energia que projetamos neles, sentimo-nos mais próximos do Divino, mais seguros, mais confiantes e mais em paz. Para além de que são, normalmente, bonitos objetos de decoração.
O meu Caça Sonhos dá uma outra dimensão à porta da minha varanda, o meu Chamador de Anjos acompanha-me com uma melodia suave, o meu Pêndulo equilibra a minha energia. As pedras e cristais, que faço questão de ter sempre em casa, ligam-me à Terra Mãe, tanto ou mais que as flores e plantas que embelezam e dão vida à casa.
Falta-me um Espanta-Espíritos. Tinha dois, mas um partiu-se na mudança e o outro já estava bem velhinho, mas, em breve, encontrarei um que me "escolherá" para vir proteger a minha casa.
Se acho que quem não tem estes objetos em casa ou não os usa em si é menos espiritual, religioso ou místico do que eu? Claro que não. Cada um de nós é essencialmente livre e sabe o que o faz sentir melhor e com o que mais se identifica.
O livre-arbítrio, a livre-escolha são  valores e direitos fundamentais de toda a espiritualidade.



Fontes: Wikipédia;  Castelo de Asgard; Tenda da Alma

Comentários