Educando os Homens de Amanhã

Vivemos hoje  na, chamada, Sociedade do Conhecimento, mas, simultaneamente, vivemos numa sociedade que, aparentemente, se encontra, de alguma forma, perdida no que se refere a valores éticos e morais.
Esta é a Sociedade, dita, Reflexiva, que se assume como Sociedade Educativa, devemos, então, questionar-nos sobre que Conhecimento temos, como reflectimos sobre ele e como o utilizamos e, consequentemente, a quem educamos, de que forma o fazemos, que objectivos temos, com que dificuldades nos deparamos e que resultados obtemos, pois que as nossas acções, tal como as de qualquer verbo reflexivo, se reflectem no agente que as pratica.
A era que vivemos é uma era de novos paradigmas, que coloca enormes e novos desafios a Portugal, à Europa e ao mundo, os quais atingem todos os sectores da sociedade e, particularmente, os da educação e do trabalho.
A Educação é uma questão de fulcral importância, quer pela sua importância em si mesma, quer pela exigência de aquisição de habilitações e competências, que a sociedade actual nos faz, sob pena de os menos habilitados e competentes, cada vez menos, terem possibilidade de se integrarem no mercado de trabalho.
Contudo, a Educação e Formação de crianças e jovens e os problemas a ela associados, tais como, o insucesso e abandono escolar, o bullying e a violência escolar, os problemas de comportamento dos alunos, os atos de violência exercidos sobre os professores, quer pelos alunos, quer pelos pais destes, são temas que estão na ordem do dia e são regularmente objecto de notícia na comunicação social.
Achei por isso interessante transcrever a carta que se segue, a qual me chegou como sendo da autoria de Abrahan Lincoln, por me parecer que o seu conteúdo expressa o essencial do que qualquer pai gostaria de transmitir aos seus filhos, sem me importar com a veracidade da autoria da mesma.


CARTA DE ABRAHAN LINCOLN  AO PROFESSOR DO SEU FILHO:

"Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, para cada vilão há um herói, que para cada egoísta, há também um líder dedicado, ensine-lhe por favor que para cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada, ensine-o a perder, mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso, faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros no céu, as flores no campo, os montes e os vales.
Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.
Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.
Ensine-o a ouvir todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho, ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram.
Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão
Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.
Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.
Eu sei que estou pedindo muito, mas veja o que pode fazer, caro professor."

Abraham Lincoln, 1830

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