Férias, Trabalho, Crise e Dons

Fim de férias. Para trás deixámos dias mais, ou menos, quentes, mais, ou menos, bem passados com a família ou os amigos, no campo, na praia ou viajando por terras distantes, cheias de mistério e história.
Nem sempre férias são sinónimo de descanso ou de divertimento, mas delas temos sempre a nostalgia dos momentos bem passados, ou dos momentos que gostaríamos que tivessem sido bem passados.
Vistas à distância, as férias são, quase sempre, sinónimo de boas recordações e delas guardamos imagens de despedida, dos lugares a que poderemos regressar, ou não, e de certos momentos aos quais nunca mais regressaremos.

Recordamos com saudade as noites quentes em que jantámos ao relento, iluminados por velas ou archotes, tendo como música de fundo a sinfonia das cigarras.


Ou as imagens de locais exóticos ou originais.

Barcelona
Os encontros com a natureza em todo o seu esplendor,

Picos da Europa
Picos da Europa
 
Pirenéus franceses

Oásis (Marrocos)

Roménia

Atlas (Marrocos)
 As localidades típicas,

  
Ciudad Rodrigo - Espanha


Santillana del Mar - Espanha

Gavarnie (Pirineus) França
Marrocos
Os Centros de Arte
Guggenheim-Bilbao
Guggenheim-Bilbao
Locais com história, recente ou antiga

Barcelona

Grande Mesquita Marrocos
Igreja Ortodoxa - Roménia
Palácio - Roménia
Castelo do Conde Drácula
 Ou a praia, o mar, o pôr-do-sol.

Chiclana de la Frontera (Espanha)
E, depois, há o regresso ao trabalho. Difícil, não?
Pois é, mas, nesta altura de crise, todos os que podem regressar ao trabalho, são os bafejados pela sorte. 
Quantos de nós, portugueses, estamos em férias forçadas? Quantos de nós, portugueses, fazemos agora a travessia do deserto, sem vislumbrar sequer um pequeno oásis?

"Apenas nas Crises Atingimos as Nossas Profundezas"  Cesare Pavese
Será que a única coisa que podemos fazer é ficar quietos no nosso canto, gemendo e chorando, num estado de depressão total?
Ou, aqueles de nós que temos trabalho devemos ignorar os outros, pois nada podemos fazer?
Diziam os antigos que a necessidade é a mãe do engenho e, também, que a união faz a força..Será que tinham razão?
Cada Homem nasce com o seu dom. Será que sabemos usar esses dons com que nascemos? Ou somos demasiado preguiçosos, para sequer nos darmos ao trabalho de fazer algo mais do que aquilo que nos é exigido por uma sociedade, anónima, egocêntrica, centrada no lucro, no consumismo e no poder?
São Paulo dizia que somos todos um corpo e que, quando um dos membros desse corpo sofre, todos os outros sofrem e, consequentemente, o corpo sofre.
Parece-me que esta crise é a altura ideal para todos nós usarmos os nossos dons. Se cada um de nós der o seu melhor,  se o fizermos com espírito de união, poderemos encontrar, não  uma solução, mas muitas soluções.
Ao longo da minha vida, Tenho tido as mais variadas profissões, entre outras,  secretária, professora, gerente, terapeuta, vendedora ou formadora. Todas elas me ensinaram coisas importantes, todas elas me puseram em contato com diferentes realidades e o mais variado tipo de pessoas.
Mas, estranhamente, foi com a atividade que menos gostei de realizar, vendas, que aprendi algumas coisas extraordinariamente importantes, as quais têm tanta utilidade na vida profissional, como na pessoal.
Enquanto vendedora aprendi que os problemas não têm qualquer utilidade e só nos dificultam a vida.  Assim, quando temos um problema   não devemos ficar a repisar, a gemer, a protestar e a chorar. Mesmo que tenhamos que chorar, em seguida, devemos procurar soluções. Aprendi, também, que qualquer venda se realiza em 7 etapas e que não vale a pena tentar saltar nenhuma delas, sob pena de não concretizarmos a dita venda.
São estes os 7 passos, cada um pode adaptá-los  à sua vida profissional, pessoal, ou a ambas:

1.Conhecimento do produto/serviço – Só pode vender eficazmente se conhecer aquilo que vende - O que sei realmente fazer

2.Pesquisa  - Saber quem são os seus potenciais clientes. Daquilo que sei fazer o quê e a quem pode interessar


3.Abordagem  - A primeira impressão é fundamental para o sucesso. Onde, a quem, com que meios, como


4.Estabelecer Necessidades – Quais as necessidades do cliente, que tenho eu para lhe oferecer. O que é que os outros (empregador, mercado,etc.) precisam


5.Apresentação  - Dar a conhecer o seu produto/serviço. Como abordo as questões


6.O Fecho da Venda – Confirmar todos os aspectos essenciais do acordo. Confirmar sempre que fizemos o correto, que não existem pontos escuros, nem falhas


7.O Seguimento da Venda  - Não abandonar o cliente. O fecho não é o final, é antes o início de outra venda. Promove a fidelidade do cliente.  Não se sente à sombra dos louros                  


Acredite em si, acredite nos seus dons, use-os em seu proveito e em proveito dos outros.
Esta é uma época difícil. E daí? Se olharmos para trás, para o passado recente, ou para o passado remoto, quando é que não houve crises?  Quando é que não houve épocas difíceis? 
Use e abuse dos seus dons. Tal como diziam os antigos, não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe.
A sabedoria é algo que só podemos alcançar através do crescimento interior e não do envelhecimento. Não são os anos que nos dão sabedoria, é a nossa capacidade de aprender, de fazer, de criar e, também, de nos ultrapassarmos a nós próprios, de nos reerguermos e de renascermos das cinzas.

"O que faz andar o barco não é a vela enfunada, mas o vento que não se vê."   Platão

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