Perdoar é segurar o coração nas mãos e confortá-lo até que a dor termine e a sua luz volte a brilhar.
Hoje pensei escrever sobre o perdão, em como é difícil, verdadeiramente, perdoar aos outros, pelas situações cruéis, humilhantes ou ridículas por que nos fizeram passar, pelas vezes que nos enganaram, traíram, desiludiram ou abandonaram.
Quantas vezes tentamos convencer-nos, a nós próprios, de que já perdoamos, de que quase esquecemos, mas, na primeira oportunidade, quando se remexe na velha ferida, confrontamo-nos com um aperto no coração, com uma mágoa que nos assalta de forma descontrolada. Não raro, com uma lágrima inesperada que, teimosa, nos assoma aos olhos.
Mas, mais difícil do que perdoarmos os outros, é perdoarmo-nos a nós mesmos. Cada um de nós é o mais implacável juiz de si mesmo.
Perdoar é próprio dos fortes. Porque é preciso ser-se forte para ultrapassar a dor e a mágoa, a humilhação ou a injustiça, a crueldade ou traição e, principalmente, é preciso ser-se forte para aceitar as próprias limitações ou fraquezas.
Pois, o perdão nada tem a ver com submissão, insegurança ou manipulação ou necessidade. Tem a ver sim com a genuína capacidade de ser generoso com os outros e consigo próprio, tentando aceitar e compreender.
Antes de começar a escrever sobre o perdão, procurei, na internet, citações célebres, acerca do tema, que, de alguma forma, me pudessem inspirar. E, foi nessa altura que me deparei com a citação, que abaixo transcrevo, que é um pouco cómica e que me deixou a pensar.
"Uma mulher perdoará um homem por tentar seduzi-la, mas não o homem que perde essa oportunidade quando ela lhe é oferecida."
Charles Maurice de Talleyrand-Périgord França -1754 // 1838 Político/Diplomata

Será que aquilo que temos mais dificuldade de perdoar, esquecer ou sublimar é a rejeição? Será que a dor da rejeição é, de todas, a pior?
Adorava ler as vossas opiniões e comentários.
Aguardo por eles com expetativa.
Abreijos,
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