Será que quando partimos uma pedra ela sente dor?
O Universo em que vivemos tem a sua origem numa mesma e única coisa. Logo tudo o que rodeia cada um de nós é, de alguma forma, nosso irmão ou irmã, pois somos todos parte desse mesmo Universo.
Os homens pré-históricos pediam autorização aos espírito dos animais que caçavam para estes se deixarem caçar e agradeciam-lhes por lhes permitirem alimentarem-se deles.
Da mesma forma, os Celtas pediam permissão e agradeciam ao espírito das árvores para as cortarem e utilizarem na construção das suas casas, utensílios ou para se aquecer.
Os cristãos, bem como outros que professam outras religiões, tinham por hábito fazer um momento de silêncio e proferir uma pequena oração de agradecimento pelos alimentos que iam ingerir, antes de iniciarem cada refeição.
Muitos destes hábitos ou rituais de agradecimento e respeito, para com os seres ou elementos que nos permitem satisfazer as nossas necessidades básicas de alimentação, abrigo, proteção ou mesmo diversão, perderam-se no tempo.
Nas sociedades atuais vive-se na crença de que a satisfação das nossas necessidades, sejam elas quais forem, são apenas um direito de cada um, sem que para o deter seja necessária qualquer contrapartida da nossa parte.
No entanto, nos últimos anos tem-se multiplicado o número de pessoas, ou grupos, que deixaram de se alimentar de carne, passando a ser vegetarianas, macrobióticas ou outro tipo de alimentação alternativa, quer como forma de protesto contra a forma como os animais são tratados, na produção em série, quer por considerarem que não nos devemos alimentar de animais.
Será que existem seres vivos que podem servir de alimento e outros não?

No entanto, julgo que os hábitos, de respeito e agradecimento, do nossos ancestrais são valores importantes que deveríamos recuperar.
Da mesma forma que devemos respeitar os nossos familiares, amigos, vizinhos ou colegas, deveríamos respeitar toda a natureza que nos rodeia, todos os componentes do imenso universo de que fazemos parte, utilizando-os e convivendo com eles, não de uma forma abusiva, como se a tudo tivéssemos direito, mas assumindo uma atitude de respeito e gratidão por todas as coisas de que podemos usufruir e que contribuem, ou permitem, a nossa sobrevivência, bem-estar e felicidade.


Saudar
as estrelas, a lua ou o sol, que nos aquece e ilumina, os rios e mares
que são fonte de vida, os elementos dos reinos minerais ou vegetais, sem
os quais não existiria vida, ou os animais que nos proporcionam alimento,
companhia ou apenas contribuem para um mundo mais belo e cheio de
diversidade,
parece-me, não uma obrigação, mas uma devoção e uma
necessidade intrínseca a qualquer ser humano pensante.




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