Belas, elegantes,
Fortes, confiáveis
Férteis, frondosas,
Exuberantes, frescas,
Verdejantes e gloriosas,
Erguendo, em adoração,
Seus robustos braços
Para o céu,
Elas, as árvores dançantes,
São fonte de vida,
São o imenso pulmão da Terra.
Elas, as árvores dançantes,
Guardam segredos e memórias,
Guardam histórias e misérias humanas,
Na seiva que circula
Infinitamente nas suas veias.
Sua nobreza, orgulho e firmeza
Dão-me coragem e a certeza
De que nelas posso confiar.
Nelas me inspiro para manter,
Contra ventos e tempestades,
A verticalidade das escolhas,
A constância dos valores,
A fiabilidade dos amores.
Elas, as árvores dançantes,
São a imagem da coerência
Que tantas vezes nos falta
A nós humanos.
Amo as árvores porque são fiáveis,
Verdadeiras e coerentes.
Só nos magoam por acidente.
Amo as árvores porque lhes posso contar
Meus segredos,
Declara-lhes o meu amor,
Abraçar os seus troncos,
Mesmo rugosos,
Ásperos e rijos,
Sentindo que estou protegida,
Não da vida,
Mas de atos cruéis ou negligentes,
Das atitudes incoerentes
E de todas as maldades dos
Descontentes com a vida.
Amo as árvores porque
São seres presentes
E me têm acompanhado
Na minha, já longa, jornada
De regresso a casa.
Amo as árvores
E como elas quero morrer,
De pé, vertical e coerente.
Amo as árvores
E como elas quero morrer,
De pé, vertical e coerente.
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