ESVAZIANDO

Perdendo a forma 
Como balão que esvazia.
Cansaço, inércia, marasmo,
Ausência de mim.
Quantas perguntas ficam sem resposta?
Quantas dúvidas pairam sem encontrar ancoradouro?
Que estranhos seres são os humanos...
Eternos insatisfeitos, 
Escavando nas profundezas de si.
Alheada, olho sem ver,
Sem sentimento, o brinquedo
Que outrora fez as minhas delícias.
Procuro mais...
Um novo sentimento?
Um novo caminho a desbravar?
Terminada uma luta.
Resolvida uma questão.
Finda uma etapa.
Esvazio como balão sem ar,
Perdida no cansaço,
No tédio,
Ou na insatisfação,
De não alcançar a recompensa merecida,
Ou o clímax sonhado.
De não conhecer a verdade absoluta,
Nem as respostas a todas as perguntas.
Não vibro, nem choro.
Não me arrepelo, nem grito.
Recosto-me inerte.
O olhar vago.
Uma imprecisa depressão.
Um indefinido sentimento
De ter deixado fugir entre os dedos
A verdadeira, a única, resposta.
Aquela que me traria a satisfação e o conhecimento.
Como quando acordamos de um sonho,
Com a firme sensação de que,
Nos remotos lugares do inconsciente,
Tivemos nas nossas mãos a fórmula secreta,
A verdadeira e inequívoca 
Solução...

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