Aprendendo a Educar

Ninguém é verdadeiramente um educador. Todos, grandes e pequenos, educadores, professores, pais, filhos, alunos ou educandos, vivemos num permanente processo de aprendizagem.


O que é a Educação?
De acordo com a Wikipédia, "Educação engloba os processos de ensinar e aprender. É um fenómeno observado em qualquer sociedade e nos grupos constitutivos destas, responsável pela sua manutenção e perpetuação a partir da transposição, às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade. Enquanto processo de sociabilização, a educação é exercida nos diversos espaços de convívio social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade, do indivíduo ao grupo ou dos grupos à sociedade. Nesse sentido, educação coincide com os conceitos de socialização e endoculturação, mas não se resume a estes.

Nivel de alfabetização pelo planeta inteiro: veja as desigualdades do sistema de ensino em cada região do mundo, ampliando a imagem.

A prática educativa formal — que ocorre nos espaços escolarizados, quer seja da Educação Infantil à Pós Graduação — dá-se de forma intencional e com objetivos determinados, como no caso das escolas. No caso específico da educação formal exercida na escola, pode ser definida como Educação Escolar. 
No caso específico da educação exercida para a utilização dos recursos técnicos e tecnológicos e dos instrumentos e ferramentas de uma determinada comunidade, dá-se o nome de Educação Tecnológica. A educação sofre mudanças, das mais simples às mais radicais, de acordo com o grupo ao qual ela se aplica, e se ajusta à forma considerada padrão na sociedade. Mas, acontece também no dia-a-dia, na informalidade, no quotidiano do cidadão. Nesse caso sendo ela informal."

Mas, então, como se aprende a educar?  Onde fazemos os mestrados e pós-graduações de pais?  
Como se sente um professor quando, pela primeira vez, depois de ter feito licenciaturas, mestrados, doutoramentos ou pós-graduações,  enfrenta uma turma de alunos?  E como se sente 20 anos depois?

Cada ser humano é único e especial. Todos somos "iguais", mas profundamente diferentes e, alguns, são ainda mais diferentes.
Educar é um processo de aprendizagem. Existem regras gerais, mas para cada situação, para cada pessoa, há uma nuance diferente.
Se cada um de nós tivesse 20 filhos, será que poderia "educá-los", chegar verdadeiramente ao seu intimo, utilizando as mesmas palavras, as mesmas atuações?
Enquanto pessoa e mãe, eu sou sempre a mesma, mas a resposta que obtenho de cada um dos meus filhos não é a mesma, a muitos níveis, se tentar chegar até eles da mesma forma.
Saber comunicar é essencial.  Para tal é necessário praticar a escuta ativa e munir-nos de todas as ferramentas que conduzem a uma comunicação eficaz.
Nós ensinamos e educamos os filhos de tantas "formas". A dar os primeiros passos ou dizer as primeiras palavras, a comportarem-se em família e em sociedade, na forma de estar e conviver,  a terem maneiras à mesa ou a receber visitas, a cumprimentarem ou serem solícitos com os outros, ou no tipo de linguagem ou tom de voz  que devem utilizar. 
Bem pequeninos, ainda, colocamo-los nas escolas, para que recebam a Educação Escolar, por forma a que se possam integrar social e profissionalmente nas sociedades em que vivemos. E, dessa forma, passamos para outros, os educadores ou professores, parte da árdua tarefa de educar.
Mas, enquanto pais, também os "educamos", transmitindo os nossos valores morais, os quais gostaríamos que fossem também os deles. Se queremos ter filhos honestos e confiáveis, de certo não podemos ser pessoas desonestas ou mentirosas. No entanto, o facto de sermos honestos e verdadeiros, não é condição sine qua non para que os nosso filhos o sejam e a inversa também é verdadeira.
As pessoas são, só por si,  "mundos" complexos e o grupo ou grupos em que se inserem, os seus países ou culturas de origem ou as mais diversas circunstâncias e pessoas que atravessam as suas vidas aumentam o nível de complexidade, de resposta perante um mesmo problema, de comportamento no dia-a-dia...
Não há fórmulas científicas para educar pessoas. O mesmo estímulo não provoca sempre a mesma resposta numa pessoa e, muito menos, em pessoas diferentes. E, o nosso exemplo é, certamente, a marca mais forte que deixamos nos nossos filhos ou educandos.
Educar é um processo de aprendizagem e, acima de tudo, um processo de tentativa e erro. 
Mas, o fundamental, quer sejamos pais, professores, educadores, formadores, avós, tios ou amigos, aquilo que nunca podemos fazer é desistir... Desistir de educar, desistir de aprender educando
Nos nossos dias, cada vez mais, se ouve falar de crianças e adolescentes diferentes. Cada vez mais se atribuem designações ou rótulos para aplicar a essas crianças ou adolescentes, cujo comportamento é mais diferente. 
O Distúrbio do Déficit de Atenção, ADHD - com Hiperatividade e ADHD-I ou ADHD-PI - sem Hiperatividade, e o Síndrome de Asperger são os que estão mais na moda. Nas vertentes pseudocientíficas  e da parapsicologia estes distúrbios ou síndromas têm  rótulos mais bonitos, Crianças Índigo e Crianças Cristal, as quais são normalmente associadas à Geração Y.
Será que há 60 anos atrás não existiam estes distúrbios ou síndromas? Provavelmente existiam, mas ainda não se encontravam identificados. 
Nesses tempos, era senso comum que as crianças ou eram normais ou deficientes. Mas, efetivamente, não havia então tantos problemas de comportamento e agressividade entre as crianças e os jovens. Provavelmente esse facto deve-se, principalmente, às diferenças que existem na educação, transmitida quer pelos pais, quer pelos professores, desse tempo e as dos dias de hoje.
Não pretendo fazer aqui a apologia de nenhuma dessas formas de educar, pois ambas têm factores positivos e negativos.
Mas, não posso deixar de afirmar que o essencial  é não nos demitirmos do nosso papel de educadores.
Ensinar os nossos filhos, desde tenra idade, a cumprimentar e respeitar os outros, a responsabilizarem-se pelas suas ações ou palavras, ou a comportarem-se dentro das regras de bom convívio social, pois que a liberdade de cada um de nós termina onde começa a do outro, parece-me fundamental.
Se o amor e a atenção são essenciais ao crescimento saudável, a firmeza na transmissão dos valores e princípios não o são menos. Não podemos, de forma alguma, permitir que os nossos filhos se julguem pequenos reis e o centro do mundo. A fatura dessa atitude será demasiado grande no futuro. Crianças são seres humanos pequenos que necessitam ser amados e guiados.
A minha receita para educar: Toneladas de Amor, doses maciças de paciência e atenção, espaço e liberdade para os deixar crescer e, também, errar, coerência e responsabilidade nas nossas atitudes e palavras, firmeza nos valores e quantidades imensas de bom humor.
Conforme já referi, a atenção é um fator fundamental.  Muitas vezes não entendemos algumas atitudes dos nossos filhos ou julgamos que os seus fracos desempenhos escolares se devem a preguiça e desinteresse, mas, nem sempre é assim. 
Abaixo ficam alguns links e vídeos que podem ser úteis para entender alguns problemas bastante comuns em várias crianças, muitas vezes consideradas como preguiçosas ou desinteressadas, que vos podem ajudar a identificar problemas e a procurar melhores soluções para os mesmos.
Bem como para as novas Competências exigidas para o século XXI ou ajudas on line para a melhor compreensão de algumas disciplinas.



Comentários