Sinto um sentimento, sentido,
Vibrante e oscilante,
Como pêndulo endoidecido.
Rumo traçado,
Pensamento definido,
Deparo-me com o desconhecido.

Não, não, é verdade....
Não é desconhecido...
É um retorno constante,
Ao ponto do desequilíbrio.
Porque se pensa a razão,
Decide, programa, projeta...
Logo vem o sentimento ou, quem sabe,
A emoção, contraria a decisão.
Rejeita a programação
E, solto, desenfreado, inquieto,
Lança a confusão, divide, atrasa,
Produz inércia.
E, numa catarse imensa,
Provoca tumulto, tristeza,
Crise ou negação...
Envolta numa preguiça imensa,
Realizo, não o projeto,
Não a decisão pensada,
Mas, antes, a produção,
Ébria de sentimento,
Que se liberta e explode,
Numa escrita frenética e desenfreada.
Pasmo,
Perante as contradições....
Entre emoções e sentimentos...
Racionalizações e projetos...
Firme mantém-se o propósito...
Enlouquecido o sentimento....
Refreia-me, trava-me, inibe-me
De, no ato da criação,
Fazer, não o que decido,
Mas, sim, o que esse tresloucado,
Como numa possessão,
Determina e permite...
Como posso contrariar o sentimento....
O secreto desejo do meu coração,
Ou a demente procura da mente...
Que frenética se digladia
Entre o fogo e a segurança,
A razão e o sentimento...
Como posso vencer a possessão...?
Como posso negar esse ser,
O leão, encarcerado, que vive
No meu coração....?
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