ÀS VEZES

Às vezes,
Sentimos que o mundo nos sufoca..
Inesperadamente, as lágrimas extravasam-nos dos  olhos
E escorrem-nos pelas faces, incontroláveis, quente e vivas.

Às vezes, 
A tristeza aperta-nos o peito,
Como uma garra forte que não deixa respirar.
Sentimos uma dor profunda, sem origem conhecida;
Uma revolta imensa, sem causa ou culpados.

Às vezes,
A solidão envolve-nos, com o seu manto pesado.
Sós, no meio das gentes,
Sentimo-nos órfãos, desprotegidos,
Enfermos de doença não identificada.

Às vezes,
A vida pesa-nos, como uma fardo.
Os dias, imensos e cruéis,
Envelhecem-nos, sem que os tenhamos vivido.

Às vezes,
A saudade intensa,
Faz-nos desejar voltar
A momentos nunca vividos.

Às vezes,
A vida sobra-nos,
Almejamos a inconsciência total,
Ausentar-nos de nós,
Do mundo,
Dos pensamentos irracionais que nos atormentam.

Às vezes,
O frio entorpece-nos,
Imóveis e rígidos,
Aguardamos que o sol nos aqueça.
Que o Grande Espírito nos devolva a alma
Que, perdida, vagueia na imensa floresta,
Sem nos encontrar.

Comentários

  1. Mas apesar do que às vezes sentimos, um dia, o dia acaba amanhecendo. Belos e sentidos versos!

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  2. No meu caso muiiitas vezes...e como dizia minha mãezinha: o dia filha escurece até meia-noite... meia-noite e um necessariamente ele começa a clarear!
    Beijuusss Tê

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