VERDE

Pelas cores do Arco-Íris vagueio,
Mas não só pelas do espetro visível,
Pois, essas, as outras, que a olho nu não se veem
São tão belas, tão puras e tão verdadeiras
Como as que se pavoneiam.

São como as gentes que passam.
Umas marcam pela forma como pisam o terreno,
Outras pelo  gesto ao afastar os cabelos,
Outras, ainda, pela sua voz de comando
Ou pelas palavras inteligentes.
Mas, outras, invisíveis, 
Passam quietas, calmas e sem espavento.

Confio na serena dureza das pedras,
Entalhadas pelos tempos,
Que me fala de força e persistência.
Confio no verde viçoso das plantas
Que me inebria e faz vibrar.
Confio na pureza das águas
Que purificam e transportam Vida...
Ainda que transparentes.

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