
Não precisaria do silêncio.
Se o amor me bastasse,
Não precisaria de sonhos.
Se a sensatez me bastasse,
Não precisaria da paixão.
Se um lar me bastasse,
Não precisaria das estrelas.
Se o mar me bastasse,
Não precisaria das árvores.
Se a vida me corresse sempre docemente,
Sem percalços, contratempos,
Dores ou sofrimento,
Nunca teria descoberto todo o meu potencial,
Nem a minha capacidade para começar de novo,
Encontrar novos caminhos ou soluções,
Amar ou valorizar as pequenas ou grandes coisas.
Se a vida não fosse processo,
Transformação, impermanência
E desafio,
Seria morna e sem graça,
Sem surpresas, sem paixão.
Se eu não me transcendesse,
Eu não seria eu,
Não teria dado fruto,
Não seria fonte de vida.
Gostei imenso do poema e revi nele uma boa parte da minha existência.
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