Verdade incompleta

Cada ser humano é único, qual flor primaveril. Tal como regamos as flores do nosso jardim, devemos proteger os seres humanos, particularmente os que nos são mais próximos.
Os direitos Humanos, a proteção e defesa do meio Ambiente e da biodiversidade, os  direitos dos Animais.
Estes são valores atuais, do mundo ocidental. À primeira vista, não parece existir motivo para que os ponhamos em causa.
Mas, em termos de aplicação prática onde terminam os valores e começa o folclore?
À semelhança do que se tem vindo a passar nos últimos anos, há poucos dias, morreram ou ficaram feridas mais algumas pessoas, desta vez na Grã-Bretanha, vítimas de vários, isolados e pequenos, ataques terroristas, os quais, pelas suas próprias características, seriam muito difíceis de prever.
Simultaneamente, em reportagens relativas a estes acontecimentos, fomos informados de que existia um enorme número de pessoas referenciadas como potenciais terroristas, na Grã-Bretanha.
Não me parece que existam motivos para duvidarmos de que existirão muitos mais potenciais terroristas, identificados, em todos os outros países ocidentais.
Isto coloca-me a questão, nós, europeus e ocidentais, andamos a defender os direitos de quem? Dos #terroristas ou das vítimas? 
E porque é que continuamos a propiciar as condições para que cada vez existam mais vítimas, em nome da defesa dos direitos de criaturas que nem o nosso direito à vida respeitam?

As plantas trepadeiras. oportunisticamente,  agarram-se ou encostam-se ao primeiro suporte acessível para se desenvolverem e ganharem força. E os humanos? 
Surpreendentemente, ou talvez não, Arábia Saudita, Bahrein, Egito e Emirados Árabes Unidos anunciaram este domingo o corte de relações diplomáticas e a suspensão de ligações aéreas e marítimas com o Catar. Em causa, está a aproximação do Catar ao Irão, o maior rival dos sauditas na região. 
Será que a recente visita Donald Trump à Arábia Saudita foi mera coincidência? 
E como é que estes acontecimentos se relacionam com o facto de o mesmo Donald Trump ter anunciado, no dia 1 de junho, que os EUA irão sair  do Acordo de Paris, relativo ao Clima, tendo sido declarado pelo seu mandatário que esta decisão tinha como objetivo preservar os interesses dos cidadãos norte-americanos? 
Ou todos estes acontecimentos são factos isolados sem qualquer relação entre eles?

Unidas as pequenas flores terão mais probabilidades de vingar. Os humanos também. Quer estejamos a falar de pequenos grupos e elites.  quer de comunidades ou povos.

Por cá, para animar as hostes, as parangonas alarmistas dos jornais "revelaram a má índole dos portugueses" com títulos idênticos " Se todos fossem como os portugueses esgotaríamos os recursos renováveis do planeta"
Estas notícias tiveram por base as palavras do presidente da associação ambientalista Zero, Francisco Ferreira, e, como é normal, levaram-me a questionar-me.

O senhor Francisco Ferreira é candidato a quê, mesmo?
Independentemente de achar que todos devemos ter cuidado com a forma como utilizamos os recursos do planeta, não consigo perceber, a partir das várias notícias que vi acerca do assunto, em que é que este senhor se baseia para dizer que nós, portugueses, somos piores do que os outros.

As minhas dúvidas prendem-se com:

1. A utilização de ar condicionado pelas famílias,  no nosso país, tem alguma similaridade com a dos restantes países europeus, nomeadamente os mais frios, particularmente os nórdicos? O ar condicionado não é um dos problemas?
2. Compramos mais roupas e mais carros, percentualmente, que no resto da Europa ou em qualquer outro país do Ocidente? 
3. Na maioria das cidades portuguesas, pequenas ou grandes, os cidadãos fazem reciclagem do lixo, ao contrário de muitos outros países, como a Grã-Bretanha, em que essa reciclagem é feita por quem quer que seja que trata do lixo. Assim, pergunto, se por cá são os cidadãos que têm a responsabilidade de fazer a primeira parte da reciclagem, isso quer dizer que são mais irresponsáveis do que os outros?
4. Em países como a China e o Japão a poluição, de tempos a tempos, é de tal forma grande, nas cidades, que toda a gente tem que andar com uma máscara à frente da cara, coisa que nunca aconteceu em nenhuma das nossas cidades. Isso quer dizer que nós é que poluímos mais e os outros é que levam com a nossa poluição, lá na Ásia?
5. Comparativamente a muitos outros países, nomeadamente africanos e asiáticos, o nosso parque automóvel não se encontra degradado, pelo que a grande maioria dos veículos, em circulação, são o menos poluentes que é possível. Então por que referir Portugal relativamente a este assunto como grande contribuidor para a poluição?
6 - O consumo de carne per capita, em Portugal, é superior percentualmente ao que comem os americanos, australianos e muitos países da Europa? Sério?

Permitam-me duvidar das conclusões a que este senhor chegou. Esta coisa não faz sentido nenhum e se não faz sentido é porque trás água no bico.


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