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Santiago do Cacém - Alentejo - anos 50/60 |
A morte é uma inevitabilidade e a única certeza que temos na vida, contudo, ela não deixa de ser encarada como algo cruel e que nos é estranho.
O Zica morreu e, ainda que, ao longo dos anos, as nossas trocas de palavras pouco tivessem passado do "Olá. Tudo bem contigo?", o Zica fez parte da minha adolescência e juventude, passadas na minha Vila, hoje cidade?, Santiago do Cacém.
O Zica partiu e com ele levou um pouco da minha juventude.
Nos últimos tempos, começou a partir gente da minha geração e da anterior à minha. Com alguns mantinha contacto regular, mas outros não os via há anos. No entanto, o facto de não os ver não significa que estivessem menos presentes na minha memória, nem que a sua partida me tivesse deixado indiferente.
Eles estavam cá todos, no lugar certo, habitando as minhas memórias, que, de alguma forma, vivem paralelamente à nossa vida presente, e, subitamente, começaram a ser-me roubados, criando grandes lacunas nos "locais" da minha juventude, ainda tão presente.
Boa viagem, Zica. Boa viagem a todos os que, pela lei da vida, ou será da morte?, vão partindo.
Um dia, vamos encontrar-nos todos de novo. Vamos reconhecer-nos uns aos outros e fazer uma grande festa, nesse "lugar" para onde não existem coordenadas, mas, seja lá como for, que todos havemos de encontrar.
Parabéns! Está interessante e é a realidade que nos cerca...
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