"Algum dia, em qualquer parte, em qualquer lugar, indefectivelmente, encontrar-te-às a ti mesmo e essa, só essa, pode ser a mais feliz ou a mais amarga das tuas horas."
Pablo Neruda
Olho, sinto, desencadeio,A meada torcida e emaranhada,
Tantas vezes revista,
Tantas vezes desembaraçada,
Que é vida.
Canto o canto em surdina,
A música que habita e embala
Meu coração.
Oiço, sinto, vivo
Pensamentos, sentimentos,
Meus e alheios.
Num labirinto
Onde luzes e trevas coabitam,
Sorrisos e lágrimas se digladiam,
Certezas e dúvidas se confrontam.
Cada novo dia
É uma renovada estreia.
Quando é chegado o fim,
Retoma-se um início.
Em cada descoberta
Reside a essência do novo mistério.
E, de recomeço em recomeço,
Aguardo o momento, a paz,
O abraço, o repouso do guerreiro.
Sinto que o amor me corre nas veias,
Louco, desenfreado,
Não reconhece limites, nem fronteiras.
Ele se revela de diferentes maneiras,
Varia de forma e intensidade
Mas, vibra, imenso, inteiro,
Forte e sempre renovado.
Sentisse, eu, que, este frenesim que me agita,
É uma linha com sentido,
Que conduz minha vida.
Que o momento em que avanço,
Em que reflito, ou que paro,
Em que me dou, ou extasio,
Em que me enovelo perdida,
Em que me arrisco destemida,
Em que acolho no meu abraço,
Com amor, sem embaraço,
Todo o coração maltratado,
Todo o menino perdido,
Ou qualquer espírito cansado.
Sentisse eu que, nesse meu abraço,
Meu amor tinha o poder de um curativo.
Suspiraria por fim,
Frágil, desprotegida,
Quebrando minhas defesas,
Deixaria que cuidassem de mim,
Segura de que este é, sim,
O sentido da minha vida.
Eiii amaaada!
ResponderEliminarHoje vim por uma única razão: desejar uma Páscoa abençoada para você e seus queridos.
Beijuuss Tê, n.a.